segunda-feira, 29 de setembro de 2008




PAULO SANT’ANA

  • Liderança virou pó

    Quinta-feira passada, no Sala de Redação, eu disse o seguinte: “Se há alguma conspiração no comando das arbitragens para tirar o Grêmio da liderança, suspeita que se levantou ao não ser marcado um pênalti claro sobre Soares em Curitiba, o beneficiado dessa montagem será o Internacional no Gre-Nal do próximo domingo. O Internacional não tem nada a ver contra esse suposto complô, mas ele será o beneficiado, desde que o que se pretenderia centralmente com essa armação era afastar o Grêmio da liderança. Lucra quem joga contra o Grêmio e quem joga contra o Grêmio no domingo é o Internacional”.

    ***

    Se havia esse complô, foram achar um árbitro gaúcho de fora para apitar o Gre-Nal. Pariram esse árbitro gaúcho para apitar o Gre-Nal.

    Antes do Gre-Nal, o árbitro gaúcho que apitou o clássico ainda disse o seguinte à reportagem: “Devo confessar que tenho uma irmã que é torcedora do Internacional”.

    Gelei.

    Pariram um árbitro gaúcho que não mora aqui para apitar o Gre-Nal. Que ventre produziu tão feio parto?

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    Bem, então vamos à participação do árbitro na goleada de ontem. Para que o D’Alessandro fizesse aquele belo gol de abertura do escore, esse lance foi originado por uma falta de um jogador gremista na intermediária.

    Rigorosamente não houve a falta. O defensor gremista nem encostou no jogador colorado.

    Mas foi cobrada a falta e saiu o primeiro gol.

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    No segundo gol colorado, outra falta contra o Grêmio. Quando grande número de jogadores gremistas se preparava parar armar a barreira e o árbitro se aprestava para organizar a barreira, cobraram a falta e o juiz, em vez de ir armar a barreira como já tinha se designado, deixou a bola correr.

    Quando o time que fez a falta pede para armar a barreira, o juiz tem de ir organizar a cobrança de falta com barreira. Pára o jogo.

    E o juiz não parou.

    Já temos aí duas irregularidades em dois gols do Internacional.

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    No terceiro gol do Inter, nada de irregularidade. Gol legítimo de Índio. Só não sei como o Celso Roth, sabendo que o Índio é goleador nessas bolas aéreas, não designou ninguém para vigiá-lo. Omissão do treinador do Grêmio e de seus zagueiros.

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    Finalmente, o quarto gol do Internacional: Nilmar estava impedido, à frente uns 10 centímetros do defensor gremista que o custodiava,

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    O árbitro encheu, desde o início, os jogadores do Grêmio de cartão amarelos. Foi minando a confiança do time do Grêmio.

    Se havia armação do comando de arbitragens para beneficiar Palmeiras e Flamengo, este árbitro do Gre-Nal cumpriu rigorosamente com seu papel.

    Não foi só no Gre-Nal que a atuação do árbitro influiu decisivamente. Ele deu um cartão amarelo para Tcheco e mais tarde deu um outro cartão vermelho para Tcheco, expulso junto Edinho.

    As melhores informações dizem que Tcheco não jogará o próximo jogo pelo cartão vermelho e nem o seguinte por força do segundo cartão amarelo.

    Ou seja, o árbitro gaúcho que não mora aqui foi trágico para a liderança ou vice-liderança do Grêmio. Tcheco não joga as próximas duas partidas.

    Serviço completo do árbitro, validou várias irregularidades nos gols colorados e desfalcou o Grêmio para as próximas partidas.

    Que nunca mais apareça por aqui este árbitro. Nunca vi tão desastrado.

    E como o jogo resultou em uma goleada, isso tudo passou despercebido a todos e vamos em frente.

    Lucrou o Inter, que deu a sorte de ser adversário do Grêmio quando a conspiração se voltou contra a liderança tricolor.

    ***

    Mas é merecida a queda do Grêmio da liderança. Há vários jogos o Grêmio vem atuando com 10 jogadores, Marcel é absolutamente inútil. Inútil! E Celso Roth não vê isso? Como é que um treinador não enxerga isso? E quando é que vai botar em campo o uruguaio Morales?

    Celso Roth, de grande influência na liderança que o Grêmio tinha construído até ontem, agora está sendo o responsável pela queda do time. Responsável direto.

    Não ver que o Marcel é uma nulidade é injustificável incompetência do treinador gremista.